terça-feira, 25 de agosto de 2009

Exposição em Salvador

Bahia lembra os 100 anos da morte de Euclides da Cunha

Capital do estado onde ocorreu a guerra de Canudos, Salvador terá exposição em homenagem ao escritor e lançamento de livros baseados em sua vida e obra

Por Cassia Candra*

As homenagens pelo centenário de morte de Euclides da Cunha, que estimulam a realização de vários eventos em todo o País, com debates, lançamentos de livros, ciclos de palestras e montagens de exposições, começam neste sábado, 15, em Salvador, com a abertura da mostra Os Sertões de Euclides da Cunha, com 20 fotos coloridas de Antenor Júnior, montadas a sede do Centro de Estudos Euclydes da Cunha, no Centro Histórico.

O fotógrafo, pesquisador da obra de Euclides e da Guerra de Canudos, foco do relato de Os sertões, sua obra-prima, apresenta imagens contemporâneas dos cenários vistados pelo então correspondente de guerra do jornal O Estado de S. Paulo, em 1897. A mostra pode ser visitada até 15 de setembro, de segunda à sexta-feira, das 8h às 11 e das 14, às 17h.

Na capital baiana, a programação em homenagem a Euclides da Cunha será marcada ainda pelo lançamento de dois livros: O pêndulo de Euclides (Bertrand Brasil), romance de Aleilton Fonseca, e o ensaio bibliográfico Euclides da Cunha e a Bahia (Ponto e Vírgula), de Oleone Coelho Fontes.

O romance de Aleilton, que é professor do departamento de Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana, fixa sua narrativa no universo da Guerra de Canudos e da obra-prima de Euclides da Cunha, Os sertões. O lançamento em Salvador será durante um seminário sobre a obra euclidiana, na Academia de Letras da Bahia, dias 30 e 31 de outubro, mas antes o livro será lançado em dois eventos, em São Paulo (no fim deste mês) e no rio de Janeiro (início de setembro).

Reprodução
Euclides da Cunha, testemunha da Guerra de Canudos
Euclides da Cunha, testemunha da Guerra de Canudos

Já o ensaio do escritor Oleone Fontes aborda as andanças de Euclides em Salvador, em agosto de 1897, quando ficou hospedado 24 dias na casa de um tio, na Rua da Mangueira, antes de partir para o front da Guerra de Canudos como correspondente do Estadão.

Brasil – Uma das homenagens mais expressivas está sendo realizada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual Euclides foi membro a partir de 1903 e onde foi velado, em 1909, que organizou uma programação de vasto conteúdo. Aberta na última terça-feira, com conferência da professora Walnice Galvão, analisando Os Desafios de Editar Euclides da Cunha, a programação que se estenderá até novembro, reunirá 21 especialistas na obra euclidiana, como Affonso Arinos, Moacyr Scliar e José Murilo de Carvalho.

O objetivo do ciclo de palestras em homenagem ao centenário da morte do escritor fluminense é “trazer à atualidade o gênio de Euclides, mostrando como sua excepcional capacidade analítica mergulhou no cerne mesmo da visão do Brasil sobre si próprio, visão histórica, antropológica, sociológica e geográfica”, afirma o presidente da ABL, Cícero Sandroni, um dos conferencistas.

Evento: Exposição 'Os Sertões de Euclides da Cunha'
Dia/Hora: visitação de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h
Perído: De 15 de agosto até 15 de setembro
Local: Centro de Estudos Euclydes da Cunha - Largo do Carmo, 4, Centro Histórico -Salvador, Bahia.
Acesso: Entrada franca


*in: JORNAL A TARDE

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