quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nova gripe impede evento em São José

Semana rio-pardense adiada

Gripe suína impede realização em agosto do famoso evento em homenagem a Euclides

A Secretaria da Saúde obrigou o adiamento da Semana Euclidiana, que ocorreria a partir do próximo dia 8 de agosto, em São José do Rio Pardo, assim como as escolas adiaram, nos estados do Rio e de São Paulo, o início das aulas. Tudo isso por conta do vírus H1n1, a famosa gripe suína. Uma decisão sensata se levado em conta o número de participantes da semana, cerca de três mil.

Em breve será realizada uma reunião para decidir a nova data do evento. A coordenadora da área III da Secretaria de Educação do estado de São Paulo, Maria Olívia Garcia R. Arruda, emitiu nota em que expõe a intenção da organização em ouvir os participantes para se decidir a melhor época para realização da semana, a fim, segundo ela, de se "chegar a uma conclusão sensata e boa para a maioria, com exceção, é claro, do mês de setembro, que será em Cantagalo."

Apesar da frustração, a semana continua de pé, e assim que novas notícias sobre sua realização surgirem, estarão por aqui.

Euclides na mídia

Revista da Biblioteca Nacional

Estará nas bancas, nas próximas semanas, a edição de agosto, de número 47, da Revista de História da Biblioteca Nacional (www.revistadehistoria.com.br), que trará um dossiê sobre Euclides da Cunha. Os seguintes autores escrevem nessa edição:

Regina Abreu

O triunfo da memória

Cem anos depois de sua morte, Euclides da Cunha continua a ser lembrado como personagem fundador do Estado-nação republicano


Leopoldo M. Bernucci

Espinhosa caminhada

Fiel aos seus princípios, mas atormentado por fantasmas interiores, Euclides fez da vida um calvário, com muito mais sofrimentos que alegrias


José Murilo de Carvalho

Fardas e farpas

A relação entre Euclides e o Exército sempre foi estreita, mas quase nunca harmoniosa


Mauro W. B. de Almeida e Manuela Carneiro da Cunha

Euclides inédito

Manuscrito encontrado nos Estados Unidos revela trechos cortados e capítulos incompletos sobre a Amazônia


Raimundo Nonato Pereira Moreira

Enquanto espero, escrevo

Euclides da Cunha tomou um chá de cadeira em Salvador antes de seguir para Canudos. Virou personagem da imprensa e não parou de escrever


Nísia Trindade Lima

Outro sertão

Viagem à Amazônia faz Euclides descobrir a realidade dos nordestinos que migraram para a região como seringueiros


Ideias que dão certo (3)

Colégio divulga em seu blog resultado de seminários de alunos sobre Euclides

Iniciativa interdisciplinar mostra como um bom planejamento gera bons frutos para a educação

O Colégio Euclides da Cunha, de Cantagalo, interior do estado do Rio de Janeiro, vem realizando um belo trabalho didático em torno da obra de Euclides da Cunha, no ano do centenário de sua morte, promovendo entre os alunos dos níveis básico e médio ações interdisciplinares acerca das temáticas centrais tocadas por Euclides em suas obras, especialmente as relacionadas à Amazônia. Alguns dos trabalhos dos alunos foram divulgados anteriormente, inclusive com vídeos no You Tube. Dessa vez foi postado no blog do colégio o resultado na íntegra dos seminários realizados. Uma bela iniciativa que atesta o quanto um trabalho bem feito em nome da boa educação pode ser enriquecedor para todos - alunos, pais e professores.
Fica o exemplo a ser seguido.



Clique aqui e leia o post em que estão os links para os primeiros trabalhos dos alunos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Especialista com a palavra

Edmo Lutterbach fala sobre Euclides

Grande conhecedor de vida e obra euclidianas e conterrâneo do escritor profere palestras no ano do centenário de morte de um dos maiores nomes das letras nacionais

O doutor Edmo Rodrigues Lutterbach, uma das maiores autoridades no estudo da obra eucidiana e membro do conselho consultivo do Projeto 100 anos sem Euclides , tem participado de uma série de atividades relacionadas a memória de Euclides da Cunha, no ano do seu centenário de morte. O site do projeto enumera algumas dessas atividades aos interessados em se enriquecer com o vasto conhecimento do doutor Edmo acerca do homenageado, sublinhe-se o fato de ele ser o proprietário da fazenda Mont Vernon, antiga fazenda Saudade, onde nasceu Euclides, em Cantagalo. Eis a lista de atividades:

No dia 29 deste de julho, às dezessete horas, na Rua Teixeira de Freitas, n° 5, 3° andar, no Centro do Rio de Janeiro, sede da Confederação das Academias de Letras do Brasil, o doutor Edmo Lutterbach tomará posse da Cadeira n° 33, da Academia Luso-Brasileira de Letras, patronímica de Euclydes da Cunha, e certamente falará novamente sobre o grande vulto nacional.

No Museu da Justiça, na Rua Dom Manuel, nº 29/3º andar - Centro, também no Rio, pronunciará palestra sobre o conterrâneo, no dia 6 de agosto, às quinze horas.

No dia 12 de agosto, outra palestra, às dezessete horas, na Academia Niteroiense de Letras, situada na Rua Visconde de Uruguai, 456 - Centro, Niterói - RJ.

Por fim, Em outubro, pronunciará palestra na Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas.

Na mídia do planalto central

A revista do Senado Federal, chamada LIBERDADE e CIDADANIA, publicou nota interessante em homenagem a Euclides da Cunha em que fala da trajetória do escritor e sobre a extensão de sua influência literária, além de sua pena como crítico da realidade brasileira. Aos interessados em saber um pouco da história de Euclides vale a pena conferir, num texto conciso e direto, a matéria na íntegra através deste link para o Google docs.

Em praça pública:

Cantagalo terá solenidade em homenagem a Euclides

Câmara municipal da cidade do interior fluminense realizará sessão solene em memória ao escritor que imortalizou a narrativa de guerra sertaneja

No próximo dia 01 de agosto, às 10h, a cidade de Cantagalo, no interior do estado do Rio de Janeiro, abrirá os braços para o Projeto 100 Anos sem Euclides, será realizada, no centro da cidade, em parceria com a câmara municipal, uma sessão solene em homenagem ao escritor, que nasceu em Cantagalo. A praça central da cidade, chamada de praça João XXIII (antiga Praça dos Melros), vai ser animada por uma apresentação da "Furiosa" (Sociedade Musical XV de Novembro de Cantagalo), e terá ainda a encenação teatral "Cantos de Euclides", com o Coletivo Teatral Sala Preta, de Barra Mansa, uma adaptação do mesmo espetáculo que foi realizado na última FLIP. Durante a sessão solene, o Projeto 100 anos sem Euclides vai acender uma chama simbólica que será levada para São José do Rio Pardo, no interior do estado de São Paulo, onde iluminará uma pira euclidiana que ficará acesa até o dia 15 de agosto - data da morte de Euclides e do final da semana rio-pardense em homenagem ao escritor.

A Programação da Sessão Solene da Câmara Municipal de Cantagalo em homenagem a Euclides da Cunha, no 01 de agosto de 2009, às 10h, na Praça João XXIII (antiga Praça dos Melros), será a seguinte:

1. Apresentação da Sociedade Musical XV de Novembro - de 10h às 10h30min.

2. Abertura dos Trabalhos – Vereador Ciro Fernandes, Presidente da Câmara Municipal - 10h30min.

3. Execução do Hino Nacional Brasileiro – Sociedade Musical XV de Novembro - 10h35min.

4. Destaques das Autoridades Presentes – Mestre de Cerimônia - 10h40min.

5. Leitura da Ordem do Dia - 10h45min.

6. Saudação a Euclides da Cunha – Orador Convidado - 10h50min.

7. Palavra do Prefeito Municipal ou de seu representante - 11h

8. Palavra do Presidente da Câmara Municipal - 11h10min.

9. Acendimento do Fogo Simbólico - 11h20min. (A banda apresenta um número com temas brasileiros.)

10. Apresentação teatral: “Quatro Cantos de Euclides” – Coletivo Teatral Sala Preta - 11h30min.

11. Encerramento: por volta de 12h.

domingo, 26 de julho de 2009

Desabafo

O autor do livro Quatro Cantos de Euclides, Thiago Cascabulho, publicou há tempos em seu blog uma nota em forma de desabafo sobre as dificuldades para a aquisição de patrocínio por via da lei Rouanet, de isenção fiscal à empresas interessadas em apoiar ativiodades culturais. Para o projeto Euclides e para todos os interessados pelos caminhos que essa iniciativa vem trilhando, o que fica é o gole a seco, a tristeza de ver tantos entraves à realização de iniciativas que envolvam o enriquecimento cultural do nosso país; e o pior, por puro desinteresse. Segue a nota do poeta Thiago Cascabulho parcialmente editada:

Vocês sabem que eu fiz um blog para ser um laboratório de textos e um espaço para divulgar meus trabalhos – não um diário. No entanto, abro uma exceção para falar sobre os rumos do projeto Quatro Cantos de Euclides, que vem rendendo um misto de entusiasmo com frustração.
Entusiasmo por acreditar no livro como obra de arte e como produto cultural. Por ver que grupos inteiros de músicos e de atores dedicaram com amor e tempo aos ensaios para a execução do espetáculo Cantos de Euclides, na Flip. Ao receber as amostras das ilustrações revolucionárias, presentes no livro Quatro Cantos de Euclides, feitas pelo Miguel. Ao ver o entusiasmo de alguns professores universitários e de parceiros conhecidos e desconhecidos...

Frustração pela falta de visão dos empresários, que podem investir na idéia sem pagar um tostão e que, por pura má vontade, nem se dão ao trabalho de ler uma proposta. Por constatar que a educação, a leitura, a cultura e a memória do país ficam sempre em último lugar.
Mas, vendo os fatos com olhos também mesquinhos, até entendo o motivo para esta jogada de escanteio. Falar de Euclides da Cunha é estimular a visão crítica, é reconhecer que os textos de mais de 100 anos atrás continuam atuais, que crescemos apenas nas aparências, que continuamos vivendo nos sertões, onde homem explora homem, onde os recursos naturais são vendidos por bananas... (...)

Como aperitivo, posto aqui a Canção III, a moda de viola, que fala sobre a viagem que Euclides fez a Amazônia:

terça-feira, 21 de julho de 2009

Vídeo da FLIP

Eis o vídeo compacto do espetáculo teatral itinerante pelas ruas de Paraty, durante a FLIP, o Quatro Cantos de Euclides, contando a vida e a obra do imortal da ABL, Euclides da Cunha, através de músicas originais e um elenco de 41 atores.

(clique aqui e veja agora no You Tube)

O evento teve as participações dos grupos; ECFA, As Batianas, CENA e Projeto Musica nas Escolas.
A Direção Geral foi do fantástico Coletivo Teatral Sala Preta, e o texto do poeta Thiago Cascabulho.

Publique seu artigo:

Revista aceita textos sobre Euclides

A revista Outros Sertões, uma publicação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), vai fazer um número especial dedicado a Euclides da Cunha e, para tanto, aceitará, até o dia 29 de agosto, textos relacionados ao autor para ser publicados nesta que será a terceira edição do veículo. Os trabalhos deverão ser preferencialmente inéditos e classificados em uma das seguintes modalidades:

1. Artigos (10 a 25 laudas);

2. Ensaios / comunicações (até 15 laudas);

3. Notas / relatos de pesquisa ou extensão (até 10 laudas);

4. Resenhas sobre publicações recentes (até 5 laudas);

5. Resumos de dissertações e teses defendidas (até 3 laudas);

Em nota no site da UNEB, a professora Léa Dias, uma das coordenadoras da revista, define com clareza a linha editorial da publicação: "nossa revista é um veículo de transmissão de conhecimentos nordestinos e se preocupa em publicar textos que divulguem a cultura regional". O último número da revista é recente, foi publicado em março deste ano, e tratava de temas relativos ao preconceito étnico e à homossexualidade.

Os originais dos trabalhos sobre Euclides da Cunha devem ser enviados à revista Outros Sertões (via correio) em CD (com identificação pessoal completa) e em 3 vias impressas (sem qualquer identificação). Em folha à parte, devem vir o nome do autor, o título do trabalho, endereço completo, filiação a instituições de ensino ou pesquisa, cargo, titulação, telefone, fax e e-mail.

Além disso, os trabalhos devem ser redigidos em editor de texto Microsoft Word, em observância às especificidades que constam no site da universidade (clique aqui e leia as normas do site da UNEB em PDF). Para mais informações, os telefones para contato com a editoria da revista, com coordenação da professora Léa Dias, são: (75) 3271-2346 ou finais 2416 / 3227.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Listagem Final de Apresentadores

Acaba de sair a listagem com os trabalhos aprovados para o Seminário Internacional 100 anos sem Euclides (confira aqui o resultado). As inscrições para a participação como ouvinte continuam abertas (clique aqui).

Os participantes que tiverem os seus trabalhos aprovados para apresentação no Seminário deverão pagar uma taxa administrativa no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por trabalho inscrito.

O comprovante de depósito bancário deverá ser enviado pelo correio ou por meio do e-mail apresentador@projetoeuclides.iltc.br à organização do Seminário.

Deve-se enviar também, por correio, texto integral do trabalho, impresso em duas cópias juntamente com CD-Rom contendo texto digitalizado até a data-limite de 08/08/2009.

A organização do Projeto 100 anos sem Euclides agradece a todos que enviaram seus trabalhos e se une aos participantes e colaboradores dessa iniciativa em busca de enaltecer a memória desse que foi um dos maiores nomes da nossa literatura.

Encanto na FLIP





veja as fotos na íntegra.


Teatro a céu aberto faz homenagem a Euclides da Cunha e contagia público da 7º edição da FLIP

Por Assessoria de Imprensa*


Turistas e moradores que transitavam pelas ruas da histórica Paraty no 3ª dia da 7ª Edição da Flip - Festa Literária Internacional de Paraty, dia 3, sexta-feira, foram surpreendidos por canto e poesia que dava vida ao espetáculo ‘Cantos de Euclides’. Desdobramento do livro ‘Quatro Cantos de Euclides’,
de Thiago Cascabulho, e do 'Projeto 100 anos sem Euclides', a peça teatral representou quatro fases da vida do escritor, cujo centenário de morte é completado em agosto deste ano.

Por volta das 21h30, as principais ruas da cidade foram tomadas por quarenta artistas - atores, músicos, dançarinos - que contagiaram o público. Durante as cinco paradas/etapas - cada uma representando uma fase da vida e obra do autor de Os Sertões – público observou, mas a maioria preferiu interagir com as diversas formas de manifestações de arte que o espetáculo proporcionou durante cerca de uma hora.

A encenação teve início em frente à Igreja do Rosário com o maculelê que apresentou os personagens. Canto e dança denunciavam que nos próximos momentos haveria um misto de emoção e êxtase. O elenco foi seguido por uma multidão que segurava velas e entoava um dos cantos compostos exclusivamente para o espetáculo – as letras das canções, assim como as velas, foram distribuídas pela equipe de produção da peça. O destino era a Casa da Cultura, onde uma roda de samba – que contou os primeiros anos do militar e engenheiro Euclides – aguardava.

Em seguida, todos foram levados até a Igreja de Santa Rita para conhecer o baião que falou sobre Os Sertões. Sem dúvidas, uma das cenas mais emocionantes. Ao som do grupo de percussão ECFA e com o quarteto de cordas do projeto Música nas Escolas, a cantora Sara Bentes, no alto de uma das torres da igreja, interpretou Santa Luzia.

Ao final da canção, o público foi convidado a olhar para a orla, onde um barco se aproximou de mancinho com violeiros que tocaram a moda de viola que narra as aventuras de Euclides da Cunha na Amazônia. Mais adiante, no próprio gramado da Santa Rita, o espetáculo culminou em uma grande roda de ciranda, representação tradicional do imaginário popular brasileiro. O Público – de várias gerações e lugares do país - e o elenco se fundiram em volta de uma grande fogueira.

“A ciranda arrisca a suspender o quinto tempo, o quinto canto a Euclides: a celebração festiva em sua memória. Um coletivo de guerreiros”, define o ator Rafael Crooz, membro do Coletivo Sala Preta.

As canções, compostas por Bianco Marques, em parceria com o escritor Thiago Cascabulho, exclusivamente para o espetáculo, fazem referência direta ou indireta aos textos do próprio Euclides da Cunha ou a acontecimentos de sua vida.

Cantos de Euclides é uma realização do Coletivo Teatral Sala Preta, com direção artística assinada pelos integrantes Bianco Marques, Danilo Nardelli e Rafael Crooz e direção de produção de Marcelo Bravo. A produtora carioca Caraminholas assina a co-produção. Diversos grupos artísticos da Região Sul Fluminense participam com percussão, interpretação, coral e quarteto de cordas, além do patrocínio do UBM - Centro Universitário de Barra Mansa - e do Transporte Generoso.

Entre as participações: Grupo de Estudo de Percussão do ECFA, Grupo As Bastianas, Projeto Música nas Escolas de Barra Mansa (Prefeitura Municipal), além dos atores: Thiago Delleprane, intérprete de Euclides da Cunha, Luana Dhickman, Suzana Zana, Sara Bentes, Marinêz Fernandes , Lúcio Roriz, Aline Mara, Clarissa Anastácio, Diane Tavares, Elisa Carvalho, Jessica Zelma e Lucas Fagundes.

Thiago Cascabulho responde

Entrevista com o autor do livro Quatro Cantos de Euclides


Thiago Cascabulho, jornalista, poeta e autor do livro Quatro Cantos de Euclides, além de grande realizador através de sua produtora, a Caraminholas, do espetáculo teatral de mesmo nome na FLIP, concedeu uma breve entrevista ao Projeto 100 anos sem Euclides, falando um pouco sobre sua trajetória artística, sua relação com Euclides da Cunha, e sobre as expectativas a respeito de seu livro.


Projeto Euclides - Qual a sua relação com a obra de Euclides da Cunha? Conte como descobriu o interesse pelo Autor?

Thiago - Meu primeiro contato com Euclides foi no colégio, quando li em sala alguns trechos de Os Sertões. Muito tempo depois, já jornalista e cursando a segunda graduação, letras, vi que muitas obras brasileiras fazem referência direta à obra do escritor. Aos poucos foi nascendo uma curiosidade em mim, uma vontade de conhecer mais. Foi com a proposta para participar do projeto “100 anos sem Euclides” que finalmente mergulhei na obra de Euclides. Foram seis meses de leitura e pesquisa.


Projeto Euclides - Fale um pouco sobre suas influências estéticas e sobre sua obra como poeta.

Thiago - Minha poesia nasceu com a adolescência, aos 13 anos. Influenciado por meu pai, que é um médico-escritor e por minha mãe - ambos vorazes leitores – li muita poesia brasileira, do arcadismo ao modernismo, passando pela literatura latina em geral. Sou muito influenciado por estas leituras e por uma formação cultural bem aberta, que vai do clássico ao popular. Ultimamente a música influencia muito a minha poesia. Busco falar o máximo no mínimo. A simplicidade.


Projeto Euclides - A musicalidade é o que se pode chamar de aposta do seu livro para despertar o interesse dos jovens. Quais sugestões de atividades pedagógicas relacionadas ao Livro no âmbito da escola você nos poderia dar?

Thiago - Eu vejo infinitas possibilidades. Quero que o livro seja devorado, letras, melodias e ilustrações. Uma boa pedida é explorar o livro com os alunos, deixar que eles usem suas próprias referências de vida para interpretar as passagens da vida e obra de Euclides. Que eles também produzam seus textos e desenhos. Que dancem e cantem os ritmos brasileiros propostos. Gostaria que os professores abraçassem a idéia de que estudar Euclides é uma forma de estudar o Brasil de ontem e hoje.

Projeto Euclides - Você acha que a literatura chamada consagrada se distancia do interesse estudantil por conta da maneira que é apresentada nas escolas? O seu livro é para você um esforço no sentido de restabelecer esse interesse?

Thiago - Acho que, em geral, os alunos não tem base alguma de leitura quando começam a ler os clássicos. Por isso são tão difíceis para eles. Além disso, quem não criou hábito de ler quando criança, vai ter dificuldades de interpretar qualquer tipo de texto no futuro. O mesmo vale para os professores. O meu livro torna a obra de Euclides um pouco mais acessível para os pequenos, mas é extremamente essencial que o professor conheça o original. Basta ter boa vontade.


Projeto Euclides - Você é blogueiro, escreve poesia e troca constantemente experiências por meio digital, inclusive seu livro será disponibilizado na rede. A internet tem influência indiscutível na formação do interesse das novas gerações. Você acha que o livro tradicional, de papel, estático, se torna desinteressante para o aluno que acessa constantemente o universo em movimento da internet?

Thiago - Eu acredito que a literatura vai se fundir cada vez mais à internet. Eu mesmo sou muito influenciado pelos recursos da rede, como pode ser visto na poesia “Entre Parênteses”, que está no meu blog - http://cascabulhices.blogspot.com/. No entanto, é bom lembrar que o meio muda, mas a literatura permanece, seja na pedra, papiro, pergaminho, papel ou tela.


Projeto Euclides - Que outros projetos ou idéias suas estão em desenvolvimento?

Thiago - Tenho o Projeto Douradinho(www.projetodouradinho.com.br) que foi realizado ano passado e está em fase de reestruturação para este ano. Além disso, o Coletivo Teatral Sala Preta - responsável pelo espetáculo que realizamos sobre o Quatro Cantos de Euclides na FLIP – também adaptou meu livro “Amiga Lata, Amigo Rio” e já está rodando o Estado. Tenho também outros livros na fila para a publicação, como o “Reinações de Lúcia Batata” e a reedição do “Jujuba, princesa do Jardim”, que foi lançado em 2005.

por Raphael Pereira

Idéias que dão certo (3)

Nova Friburgo recebe Euclides da Cunha em ciclo de palestras e atividades didáticas


O Projeto “100 anos sem Euclides” realiza atividade de extensão na Região Serrana do Rio de Janeiro, com o objetivo de informar estudantes sobre a vida e a obra do autor.


O Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD), em Nova Friburgo, recebeu a visita da coordenadora geral do projeto “100 anos sem Euclides”, Profª Drª Anabelle Loivos Considera, acompanhada das bolsistas de extensão da UFRJ, Luciana Mangueira e Aline Paixão, para apresentação de palestra sobre a obra e a vida de Euclides. O convite foi feito pela Coordenação Pedagógica do CNSD, através dos professores Robério Canto, Geni Amélia Nader e Jean Beatriz Wermellinger.

O público-alvo das apresentações foram os alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental e da 1.ª série do Ensino Médio. Os professores do colégio também estiveram presentes às apresentações, debatendo com seus alunos e fazendo perguntas à equipe da UFRJ. Foram apresentadas uma oficina e uma palestra, além da execução de um jogo à base de perguntas e respostas para os alunos. A sala onde ocorreram as atividades ficou repleta de jovens estudantes, aproximadamente 90, das três turmas de 9.º ano do Colégio friburguense - um dos mais tradicionais na cidade.

A oficina, realizada pelas bolsistas do projeto, dividiu-se em duas partes: a que compreendia imagens e textos, e a parte da dinâmica, com o jogo “Euclideogame”, contendo perguntas e respostas sobre a apresentação feita na primeira parte da oficina. Houve, ainda uma pequena mostra da biografia euclidiana, bem como o detalhamento da obra “Os Sertões” e da fase amazônica de Euclides da Cunha.

No auditório do CNSD, a Profª Anabelle apresentou aos estudantes do Ensino Médio (cerca de 350 alunos) a palestra “Os 43 anos de Euclides da Cunha”, relatando fatos sobre a vida, a obra, a trajetória literária e a morte do escritor, sendo ouvida com muita atenção por parte dos alunos. Ao final, os estudantes interagiram com a coordenadora do Projeto "100 Anos Sem Euclides", fazendo muitas perguntas sobre um dos mais geniais autores que o Brasil já teve.

O projeto '100 anos', a partir desta iniciativa, pretende falar sobre Euclides da Cunha em outras séries do Ensino Fundamental e Médio, e ainda por toda a Região Serrana, bem como pelos cursos de Licenciatura das universidades do Rio, e até mesmo de outros estados, a fim de demonstrar a importância de se trabalhar Euclides da Cunha em sala de aula.

Filme sobre a vida de Euclides

A Paz é Dourada no Jornal do Brasil

Com pré-estreia agendada para o dia 14 de agosto, no tetro Osasco, em São Paulo, e na TV Brasil, no dia seguinte, o longa A Paz é Dourada ganha o devido destaque no centenário de morte de Euclides da Cunha. Na matéria, Noilton Nunes, diretor e roteirista, fala sobre o penoso e longo processo de produção do filme, que durou vários anos, e sobre a estruturação do mesmo. Vale a pena ler. A matéria na íntegra está abaixo, na forma de imagem, ou no blog do filme A Paz é Dourada.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Euclidianas 4

"AS CATAS" (Euclides da Cunha)

Que outros adorem vastas capitais
Aonde, deslumbrantes,
Da Indústria e da Ciência as triunfais
Vozes se erguem em mágico concerto;
Eu, não; eu prefiro antes
As catas desoladoras do deserto,
Cheias de sombra, de silêncio e paz...
Eu sei que à alma moderna _ alta e feliz,
E grande, e iluminada,
Não pode sofrear estes febris
Assomos curiosos que a endoidecem
De ir ver, emocionada,
Os milagres da Indústria em Gand ou Essen,
E a apoteose do século _ em Paris!
Não invejo, porém, os que se vão
Buscando, mar em fora,
De outras terras a esplêndida visão...
Fazem-me mal as multidões ruidosas
E eu procuro, nesta hora,
Cidades que se ocultam majestosas
Na tristeza solene do sertão.
Cidades ante as quais são como anãs
As Londres, extensíssimas
E as Babilônias, Bagdás pagãs;
Tão colossais, tão cheias de grandeza,
Nas construções amplíssimas,
Que as contemplando eu penso na rudeza
De uma raça já morta de titãs.
E abandonadas... no entretanto, quem
As observa, no extremo
Dos horizontes afastados, tem
O religioso espanto e o extraordinário
Êxtase supremo
De um muçulmano austero ou de um templário
Diante de Meca ou de Jerusalém.
Divisa então soberbos coliseus,
Templos de forma rara _
Amplas mesquitas, vastos mausoléus,
E góticas igrejas tão imensas
E tão frágeis que para
Compreendê-las, cremo-las suspensas
Por ignota atração vinda dos céus.
No entanto, atulmutuaram multidões
Dentro delas outrora;
E ao ritmo de esplêndidas canções
Levantou-lhes os muros triunfantes
Heróica e sonhadora,
A coorte febril dos Bandeirantes,
Nas marchas triunfais pelos sertões.
Mas passaram _ e o sol que tremeu
A seus passos, deserto,
Revolto e infinito, e como um mausoléu
Imenso que pelo sertão se estende...
Calcando-o, sentis perto,
Um deslizar sinistro de duende:
O fantasma de um povo que morreu.
Viajantes que rápidos passais
Pelas serras de Minas,
Vindos de fulgurantes capitais,
Evitai as necrópoles sagradas,
Passai longe das ruínas,
Passai longe das Catas desoladas
Cheias de sombra, de tristeza e paz...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Euclidianas 3

Dodecassílabos

Estala na mudez universal das coisas
estrídulo tropel de cascos sobre pedras
e naquela assonância ilhada no silêncio
o cataclismo irrompe arrebatadamente.
O doer infernal das folhas urticantes
corta a região maninha das caatingas
fazendo vacilar a marcha dos exércitos
sob uma irradiação de golpes e de tiros.
Por fim tudo se esgota e a situação não muda,
lembrando um bracejar imenso, de tortura,
em longo apelo triste, que parece um choro.
Num prodigalizar inútil de bravura
desaparecem sob as formações calcáreas
as linhas essenciais do crime e da loucura.


(Augusto de Campos/ Euclides da Cunha)

Euclidianas 2

Página vazia (Euclides da Cunha)

Quem volta da região assustadora
De onde eu venho, revendo inda na mente
Muitas cenas do drama comovente
Da Guerra despiedada e aterradora,

Certo não pode ter uma sonora
Estrofe, ou canto ou ditirambo ardente,
Que possa figurar dignamente
Em vosso Álbum gentil, minha Senhora.

E quando, com fidalga gentileza,
Cedeste-me esta página, a nobreza
Da vossa alma iludi-vos, não previstes

Que quem mais tarde nesta folha lesse
Perguntaria: “Que autor é esse
De uns versos tão mal feitos e tão tristes”?

Bahia – 14 de outubro de 1897

Mesa na Flip

Paraty revela facetas pouco conhecidas de Euclides da Cunha

Especialistas convidados por jornal paulistano integraram mesa 'O Mar e os Sertões'sobre autor

por Antonio Gonçalves Filho*

O escritor, jornalista e engenheiro brasileiro Euclides da Cunha (1866-1909) foi tantos homens em um só que uma vida inteira é insuficiente para conhecer a personalidade multifacetada do autor de Os Sertões, marco na história da literatura brasileira. Neste sábado, 4, na Casa de Cultura de Paraty, penúltimo dia da 7ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), especialistas convidados pelo Jornal O Estado de São Paulo integraram a mesa “O Mar e os Sertões”: a professora de Literatura Walnice Nogueira Galvão, que tem 12 livros publicados sobre o escritor, o professor de Teoria Literária e crítico Francisco Foot Hardman, que organiza um volume com sua poesia completa, o escritor amazonense Milton Hatoum, autor de um conto sobre ele, e o colunista de O Estado, Daniel Piza, que refez recentemente a viagem de Euclides da Cunha pelo Amazonas, subindo o rio Purus, onde o escritor de Cantagalo ajudou a demarcar os limites entre o Brasil e o Peru, em 1905.

A apresentação de aspectos pouco conhecidos da vida de Euclides pareciauma tarefa impossível após a publicação de tantos estudos e ensaios sobre como esse intelectual positivista e conservador mudou de posição após cobrir, para O Estado de São Paulo, a insurreição dos seguidores de Antonio Conselheiro, em Canudos.

Basicamente, o que todos sabem é que Euclides, no ano de 1897, esteve nas imediações do conflito em que o religioso liderou uma massa de deserdados contra o Exército republicano e acabou comovido pelo drama dos retirantes da seca no interior Bahia.

No entanto, a mesa organizada pela editora Laura Greenhalgh, coordenadora de Cultura de O Estado de São Paulo, mesmo jornal para o qual Euclides escreveu suas impressões sobre oconflito, provou que há ainda fatos desconhecidos sobre o autor e muito a estudar a respeito de suas contribuições nos campos literário, geográfico, científico e político.

Os primeiros poemas de Euclides da Cunha, escritos na adolescência, são, por exemplo, praticamente desconhecidos mesmo entre intelectuais. Lendo um deles, produzido em 1904, em que o escritor fala sobre uma mulher em trajes debanho lendo numa praia da Baixada Santista, o professor de Literatura Francisco Foot Hardman destacou um aspecto pouco considerado pelos estudiosos, a sintonia de Euclides com a modernidade literária embrionária, ele, que é invariavelmente associado aos conservadores parnasianos. “Infelizmente, Euclides foi eclipsado pela própriaobra-prima, Os Sertões, que mantém em segundo plano sua produção poética, influenciada pela leitura de Leopardi e Byron, entre outros”, comentou o professor.

Um ano depois desse poema da mulher da praia, em que transfere a sensualidade das ondas do mar para as curvas femininas, Euclides da Cunha partiu para uma expedição na Amazônia, experiência que resultou em sua obra póstuma “À Margem da História”. O jornalista Daniel Piza analisou justamente esse período estudado por ele antes de refazer ele próprio essa viagem em março deste ano.

“Um Paraíso Perdido” seria a sua grande obra sobre a Amazônia, segundo Piza, o encontro definitivo de Euclides com a retórica bíblica do Gênesis num lugar onde o nômade passa como descesse o rio Styx, direto para o inferno. Em outras palavras, ele não tinha uma visão idílica da região. Detestou o calor de Manaus e não teve tempo de “rever sua visão determinista da história”. Diz Piza que ele a viagem não foi uma epifania como a de Canudos, “em que esse positivista viu como o Exército se comportava de maneira mais bárbara que os sebastianistas seguidores de Conselheiro”.

De qualquer modo, o uso de expressões bíblicas misturadas ao jargão do cientista fez de suas observações sobre a Amazônia o anúncio de uma mudança de rota em sua escrita.

A professora Walnice Nogueira Galvão, com toda a sua experiência pedagógica, encantou a platéia que lotou a Casa de Cultura de Paraty, fornecendo informações sobre todos os episódios e expedições mencionados por seus colegas de mesa, entre eles Milton Hatoum, que leu um conto seu extraído de seu mais recente livro, “A Cidade Ilhada”, e classificou a viagem de Euclides pelo Alto Purus como “um salto que definiu sua posição entre dois polos, o da reflexão filosófica e da sinuosidade do escritor de‘Judas Ahsvers’ e seu rigor como engenheiro”.

*de O Estado de S. Paulo

Na TV, Euclides em foco

Vida e obra de Euclides da Cunha no “De Lá Pra Cá” da TV Brasil

A professora Anabelle Loivos representará o Projeto 100 Anos Sem Euclides ao falar sobre a vida do escritor no programa de Ancelmo Góis e Vera Barroso

Nesta segunda-feira, dia 13 de julho, as 22 horas, Euclides da Cunha, um dos maiores escritores da língua portuguesa será tema do Programa De Lá Pra Cá, da TV Brasil. Para conversar sobre o autor de "Os Sertões", foram convidados especialistas e escritores de renome nacional. Leitura obrigatória para quem deseja conhecer a história do Brasil, a obra-prima de Euclides trata da barbárie do massacre de Canudos (BA), objeto de inúmeros estudos acadêmicos.

Em busca de entrevistar personalidades literárias, o programa viajou até à Festa Literária Internacional de Paraty, que reúne, anualmente, intelectuais e escritores. A equipe da TV Brasil visitou também Canudos, para buscar novidades sobre o desfecho sangrento do massacre.

Ao escolher Euclides da Cunha como tema desta segunda-feira, o "De Lá Prá Cá" soma-se a outras tantas homenagens que estão acontecendo Brasil afora por conta do centenário da morte de Euclides.

Da cidade histórica de Paraty, o escritor amazonense Milton Hatoum vai falar sobre a viagem de Euclides à sua terra natal. O coordenador da mesa na FLIP O Mar e Os Sertões - Euclides da Cunha, 360 graus, o jornalista Daniel Piza, refez o caminho percorrido pelo escritor na expedição à região do alto Purús, na Amazônia. O professor Francisco Foot, da Unicamp, abordará as qualidades literárias do autor de Os Sertões. Já a especialista na obra euclidiana e professora da USP, Walnice Galvão, vai fazer uma análise de Os Sertões e situar Euclides e sua obra no Brasil do início da República.

De Cantagalo, onde nasceu o homenageado, a doutora em literatura e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Anabelle Loivos, responsável por idealizar o seminário Internacional 100 anos sem Euclides e coordenar o projeto de mesmo nome, fará comentários sobre a biografia do escritor.

O De Lá Pra Cá, como dito, é apresentado por Ancelmo Gois e Vera Barroso e vai ao ar na segunda-feira (13), às 22h, na TV Brasil.

Leia nota na íntegra aqui.

Exposição

Universidade do Sul Fluminense apresenta memória de Euclides

A Universidade Severino Sombra sedia a exposição 100 anos sem Euclides da Cunha, o mestre de Os sertões. A mostra conta a história da vida do escritor brasileiro, através de vídeos, fotografias e publicações de livros.

Assim como a mostra permanente na Casa de Cultura Euclides da Cunha, em Cantagalo, no interior do estado do Rio de Janeiro, onde está sepultado o encéfalo do escritor (clique aqui e saiba mais), a mostra de vassouras, cidade da região Sul Fluminense, contribui para a propagação da memória do ilustre autor.

A exposição pode ser visitada até o dia 31 de agosto (domingo), de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, na Biblioteca Central do Conjunto Universitário. A entrada é franca, e a classificação livre. Mais informações pelo telefone (24) 2471-8316.

A Biblioteca da universidade fica na Avenida Expedicionário Oswaldo de Almeida Ramos, 280, Centro, Vassouras - RJ. (veja o mapa)

Mais um Parceiro

Mais um site parceiro na divulgação do Seminário 100 Anos Sem Euclides, dessa vez o EuNaNet da jornalista e escritora Elizabeth Misciasci, editora da revista Zap, de São Paulo, colocou nota sobre nosso projeto (leia aqui).

No rádio, Quatro Cantos.

Entrevista dá detalhes sobre o Espetáculo 'Quatro Cantos'

Em emissora paulista, autor do livro Quatro Cantos de Euclides, Thiago Cascabulho, fala da sua criação e da realização da peça que conta a vida do escritor, na FLIP



A jornalista Vanessa di Sevo conversou com Thiago Cascabulho, autor do livro Quatro Cantos de Euclides, e com Miguel Carvalho, ilustrador da obra, na Rádio Eldorado, tradicional emissora de São Paulo pertencente ao Grupo Estado. Durante a entrevista, ambos falaram principalmente sobre a apresentação teatral que ocorreu durante a feira literária de Paraty (FLIP), mas também conversaram sobre a escolha de participarem do Projeto 100 Anos Sem Euclides, as ideias iniciais para a criação da obra voltada ao público juvenil e as dificuldades para adequar a história de Euclides da Cunha ao mundo infantil tanto com imagens quanto com palavras, inclusive ao ter que descrever a trágica parte final da vida desse que foi um dos maiores autores da literatura brasileira.

Cascabulho deu ainda detalhes sobre o espetáculo ocorrido nas ruas de Paraty, na forma de cortejo encenado pelo coletivo teatral sala preta e com a participação de outros diversos atores. Durante a peça, estilos musicais diferentes delimitaram cada um dos quatro momentos da vida do escritor narrados por Jaguncinho, personagem trazido por Euclides da expedição em que cobriu a guerra de Canudos e que anos depois conta a história do próprio Euclides. Junto à apresentação, o escritor Thiago Cascabulho também lançou seu Livro, homônimo à peça e que a inspirou. O espetáculo Quatro Cantos de Euclides, apesar de ter sido pensado e ensaiado apenas para a cidade de Paraty, poderá, ainda nas palavras de Thiago, ser levado a outras cidades, como por exemplo Cantagalo, no interior do estado do Rio de Janeiro, onde em setembro ocorrerá o Seminário Internacional 100 Anos Sem Euclides.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Euclides socialista?

Controvérsias

O texto de Euclides abordado por Cícero Sandroni, imortal da Academia Brasileira de Letras, em encontro no PEN clube, denominado Filhos do Trabalho, é de autenticidade duvidosa; mas a polêmica vale a pena, porque há pontos de contato entre o socialismo e o positivismo comteano.

Confira aqui um texto postado sobre o assunto por Luiz Erthal no blog Toda Palavra.