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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Euclides para crianças

O escritor que não esqueceu os tempos de menino

Há 100 anos, o Brasil perdeu Euclides da Cunha. De origem humilde, autor se importava com as pessoas mais carentes

Por Júlia Faria*

Um escritor preocupado com as pessoas mais carentes. Alguém que denunciou injustiças que ocorreram em uma guerra no interior do Brasil. Assim era Euclides da Cunha. Em 2009, faz 100 anos que ele morreu. Mas quem disse que foi esquecido? Seu livro Os sertões é um dos mais importantes da literatura brasileira e talvez você o leia um dia. Então, que tal saber mais sobre o seu autor?

Infância difícil

Euclides da Cunha nasceu em 1866, na cidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro. Filho de agricultores, fazia parte de uma família humilde. Aos três anos de idade, ficou órfão de mãe e, por isso, morou na casa de parentes, em várias cidades, na infância. A falta de dinheiro levou seu pai a deixá-lo, junto com a irmã, na companhia dos tios. A origem simples de Euclides fez com que ele se tornasse solidário com quem tinha poucos recursos para viver. “O escritor queria mostrar aos homens de seu tempo que há pessoas carentes e que elas precisam de auxílio”, explica Anabelle Loivos, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Um jovem interessado por política


Aos 20 anos, Euclides da Cunha foi estudar na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Lá, em um desfile em homenagem ao ministro da guerra da época, jogou uma pequena espada aos pés da autoridade. O jovem queria protestar contra o fato de o Brasil ainda ser governado por um imperador. Para ele, já era hora de o país se tornar uma República, o que daria ao povo o poder de escolher seus governantes. Por seu ato, Euclides teve que sair da Escola Militar. Porém, em 1889, a República foi proclamada e ele foi para a Escola Superior de Guerra. Lá, tornou-se tenente do Exército e engenheiro militar. Poucos anos depois, passou a trabalhar como funcionário público em um departamento de obras em São Paulo. Enquanto tudo isso ocorria, Euclides da Cunha também escrevia textos para jornais em que defendia a democracia: a forma de governo em que o poder está nas mãos do povo. A convite de um jornal, também foi parar em uma guerra que ocorreu no interior do Brasil, uma experiência que viraria livro.

*de Ciência Hoje das Crianças

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ponto de Cultura OS SERTÕES realiza exposição em Salvador.

Canudos 2

O Ponto de Cultura OS SERTÕES, de Euclides da Cunha, realiza desta sexta(14), até o dia 15 de setembro, no Centro de Estudos Euclydes da Cunha CEEC, da Uneb, no Largo do Carmo, centro antigo de Salvador, a exposição “Os Sertões de Euclides da Cunha”.

A exposição, que tem a curadoria do historiador Manoel Neto, é um trabalho do fotógrafo Antenor Júnior, que há muitos anos pesquisa a história e a cultura dos sertões, especialmente da região de Canudos, foco principal da narrativa de Euclides da Cunha no seu livro clássico publicado em 1902.

Destaque para o blog: Os sertões

Banner com a face de Euclides

"Teatro Poronga" presta tributo ao centenário.

Grupo de teatro de São Carlos, interior de São Paulo, confeccionará banner em forma de mosaico contando com imagens relevantes para a memória de Euclides da Cunha

Em 2009, o Teatro Poronga celebra 10 anos de atividade na cidade de São Carlos e, entre outros projetos, promove uma homenagem a Euclides da Cunha no centenário de sua morte, propondo a impressão de 75 cartazes (ou banners) que, em nome do Teatro Poronga e de seus parceiros, homenagearão Euclides sendo distribuídos para as várias pessoas e instituições do Brasil que ajudaram e ajudam a preservar seu trabalho e sua memória.

O Teatro Poronga iniciou sua seqüência de projetos relacionados a Euclides contracenando com as comemorações no ano de 2001 do centenário da Escola Paulino Carlos, edifício cuja pedra fundamental foi lançada por Euclides no período em que trabalhou na cidade como engenheiro de obras do Estado.“Euclides: Mestre e Escola” foi produzido nesse ano, realizando atividades na escola e um vídeo ao final do trabalho.

Em 2007 foi lançado o vídeo “O Livro Encarnado”, resultado de estudos e relatos coletados desde o início dessa aproximação e em outras ocasiões. Por fim, entre 2007 e 2008, foi montada a peça infanto-juvenil “Verás que um filho teu não foge à luta”, que trata da passagem de Euclides por São Carlos e sua experiência na Guerra de Canudos, relendo em ritmo de cordel e ladainha seu livro-relato “Os Sertões”.

Também desde 2001, São Carlos celebra a obra euclidiana e a passagem de Euclides pelo município, onde residiu com a família de maio a dezembro de 1901. Foi criada em 2001 pela Lei Municipal, 12.914 de 05/12, a Semana Euclidiana de São Carlos, que, entrando na sua IX edição, vem desde então se consolidando mais no calendário de eventos culturais do Município.

Paralelamente, os últimos anos vêm sendo marcados por uma sequência de efemérides envolvendo a figura do autor, que encontra o ponto culminante no centenário deste ano. O ano de 1997 lembrou os cem anos do fim da Guerra de Canudos; 2001, da passagem de Euclides por São Carlos; em 2002 foi o centenário do lançamento de "Os Sertões" e agora, um século da morte do escritor. Mais do que uma simples convenção de datas memoráveis, a importância de tal seqüência foca-se na atenção que essas datas motivam e no aprofundamento sobre a obra de Euclides: a parte da história do Brasil em que ela se insere e a qual relata.

Com essa homenagem, entre outras atividades, o Teatro Poronga pretende chamar a atenção para a data deste ano não só pelo que ela representa em si – ou seja, um século de trabalhos, estudos, ensaios e homenagens póstumos dedicados a este tão notável autor – mas pelo que ela representa diante da continuidade das questões e reflexões, ainda tão relevantes, apontadas por este que continua a ser até hoje uma referência para artistas, políticos e pensadores brasileiros das mais diversas tendências.

O banner consiste num retrato de Euclides da Cunha formado a partir de um mosaico de imagens relacionadas à sua vida, obra, época, lugares por onde passou e homenagens que lhe foram concedidas. A idéia foi realizada anteriormente na concepção dos cartazes da peça “Verás que um filho teu não foge à luta”, com desenvolvimento e realização da arte gráfica pelo coletivo Terra-a-Terra. Foram impressas, com o apoio da Fundação Pró-Memória e da Associação São Carlos Presente e Futuro, duas cópias em tamanho 1,10x1,80 m: uma para circular nos locais de montagem da peça e outra destinada à Biblioteca Euclides da Cunha, cujo prédio foi recentemente inaugurado na Vila Prado.

Para essa nova versão do trabalho, reuniu-se mais fotografias e imagens. Anteriormente já foram utilizadas imagens relacionadas à sua vida pessoal (retratos de Euclides, família, amigos, casas em que viveu, trabalhos de engenharia), da Guerra de Canudos, alguns desenhos do autor, capas de livros, filmes, pintura, escultura,Canudos atual, os Sertões e a Amazônia, além de imagens da preparação e ensaios da peça. Serão acrescentadas agora, além de registros da própria peça de teatro e mais imagens das coleções acima, contribuições dos acervos pessoais e institucionais dos homenageados com o banner, que participam da construção desse mosaico desde sua preparação, no primeiro semestre deste ano.

Assim como a primeira experiência, esse banner também possuirá um “mapa” para a identificação dos grupos de imagens que compõe o mosaico. De modo que o mosaico funciona como um retrato à primeira vista que vai se aprofundando nas narrativas relacionadas a Euclides na medida em que o observador se aproxima. No mais, estabelecida a tiragem do banner em 75 exemplares, sendo 25 em tamanho especial de 100x160 cm – para o caso das Semanas Euclidianas e outros eventos ou lugares de público mais numeroso – e 50 em formato A1 (pôster).

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Evento Euclidiano em Minas

Exposição sobre a Campanha de Canudos mobilizou quase mil pessoas em Campanha-MG.

Por: Edna Mara Silva / Ascom da Associação Cultural

A 2ª Semana Acadêmica, evento anual das Faculdades Integradas Paiva de Vilhena que aconteceu no primeiro semestre deste ano e teve como tema "Euclides e os Sertões", evento que aconteceu na cidade de Campanha-MG e que fez parte das comemorações do centenário da morte do escritor Euclides da Cunha(1909 – 2009), contou com diversas personalidades de várias partes do Brasil, a exemplo do fotógrafo e pesquisador baiano, Antenor Júnior, que levou quase mil pessoas, durante quatro dias, ao Museu Regional do Sul de Minas Gerais, para ver a sua exposição fotográfica com o título: “Os Sertões: Bello Monte Renascida”. O evento transcorreu durante quatro dias e foi destinado aos alunos dos cursos de Licenciatura: Filosofia, História, Pedagogia e estudantes de escolas públicas e particulares do município. A organização e coordenação da 2ª Semana Acadêmica foram dos professores Rone Eleandro dos Santos, Edna Mara Ferreira da Silva e Cleide Garotti Silva Biaggini, que trabalharam em conjunto com o departamento de Marketing e Comunicação das instituições.

“O objetivo principal desse evento foi proporcionar à comunidade e aos alunos acesso às palestras realizadas por profissionais competentes e especializados em suas diversas áreas, portanto, trata-se de um evento de caráter interdisciplinar”, comentou a professora Edna Mara Silva.


Os trabalhos foram iniciados com uma apresentação fotográfica "A cidade e o tempo: Campanha e Euclides", em que o Professor Almir Reis Ferreira Lopes membro docente do curso de História, pesquisador e fotógrafo apresentou fotos que registram a presença de Euclides na vida da comunidade campanhense quando aqui esse se fez presente. Em seguida, o baiano, Antenor Júnior, ícone do fotojornalismo desde 1990, presenteou a comunidade e os alunos com sua palestra "Euclydes e a Campanha de Canudos", lançou também em Campanha a 2ª edição de sua "Cartilha de Canudos" que resume fatos dessa fascinante época da História do Brasil, sendo a cidade mineira escolhida para esse lançamento. Antenor Júnior desenvolve estudos e registros fotográficos sobre a epopéia sertaneja de Canudos e já participou de diversos projetos em várias cidades.

Já o segundo dia foi ainda mais além, pois foi transmitido entre a realidade e ficção, entre a vida de Euclides e a daqueles que se dedicaram a revivê-la com a exibição para os alunos e demais presentes o filme "A Paz é Dourada" obra do cineasta, roteirista, fotógrafo, montador e diretor de mais de 30 curtas e documentários Noilton Nunes. Esse filme é um longa metragem inspirado na vida e obra do escritor Euclides da Cunha e destaca pensamentos pacifistas e ecológicos de Euclides com proposta clara de participação positiva no movimento internacional pela Cultura da Paz e do entendimento entre os povos.

Os organizadores do evento também tiveram a honra de trazer a Professora Doutora Anabelle Loivos, Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, Mestre em Letras pela UFF-Universidade Federal Fluminense e Doutora em Letras também pela UFF, para apresentação de sua palestra intitulada "100 anos sem Euclides". “Atualmente, a Professora Anabelle dedica-se as pesquisas nas áreas de Educação e Letras, pertence ao grupo de pesquisa interinstitucional (UFRJ/RJ) e sua palestra nos levou a refletir sobre o papel do educador com o projeto “100 anos sem Euclides”, através de visões diversas e caminhos possíveis” observou a coordenadora Edna Mara Silva.

No penúltimo dia das atividades, com a presença do Secretário de Educação Luiz Gustavo Mendes, a professora Marília Ferreira Pinto Silva lançou o concurso de redação “Campanha 100 Euclides” para os estudantes das escolas públicas do município, uma parceria das Faculdades Integradas Paiva de Vilhena com a Prefeitura Municipal da Campanha.

Num projeto de extensão da Paiva de Vilhena, o grupo teatral "Companhia do Abraço", que tem como responsáveis a Professora Tereza Cristina Miguel Lemes e o Professor César Henrique Barreto, encenou a peça teatral chamada "Palavras Euclidianas". A apresentação foi excelente, com pessoas envolvidas seriamente e o grupo encantou todos os presentes, deixando a certeza de que nos oferecerão momentos incríveis em sua trajetória.

O último dia se fechou com a caminhada pelos sertões das Minas, através da Conferência de Encerramento "Grandes e Pequenos Sertões das Minas", com o Professor PhD Ângelo Alves que possui graduação em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestrado e Doutorado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós Doutorado também em História pela Universidade Federal Fluminense.



Durantes as manhãs e as tardes desses dias euclidianos, crianças, jovens e adultos caminharam por caminhos euclidianos. Num projeto da Paiva de Vilhena em parceria com a Prefeitura Municipal de Campanha, passaram pelo Salão nobre da Faculdade cerca de 900 alunos da rede pública e privada, das séries concluintes, 5ºs anos 9ºs anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, onde palestras foram ministradas pelas professoras Edna Mara Ferreira da Silva e Marília Ferreira Pinto Silva, que difundiram parte do legado do grande brasileiro que foi Euclides da Cunha, através de uma linguagem compatível com as séries presentes. Após as palestras os alunos seguiram até o Museu Regional do Sul de Minas, onde puderam apreciar a exposição fotográfica de Antenor Júnior, "Os Sertões: Bello Monte Renascida”, que permaneceu, diariamente, bastante concorrido. Nesse Museu ficou hospedada em 1866 a princesa Isabel, quando esteve no sul do estado.

Segunda a coordenadora Edna Mara Ferreira da Silva, a 2ª Semana Acadêmica ficará marcada pelo empenho e dedicação daqueles que se preocuparam em fazer com que todos pudessem chegar mais próximos do que foi a vida de Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, livro sobre a guerra de Canudos ocorrida no final do século XIX, no interior da Bahia, que se tornou um clássico da Literatura da língua portuguesa. “Essa semana garantiu que o tempo não apagará a importância desse escritor na Literatura e que sua obra permanecerá viva no tempo. Sua influência no cenário literário será perpetuada e outros admiradores euclidianos surgirão a partir do que as Faculdades Paiva de Vilhena proporcionaram para enriquecimento cultural de seus alunos e da comunidade campanhense nessa grandiosa semana” finalizou a coordenadora.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Exposição e palestra na Academia de Letras do Piauí

A Academia Piauiense de Letras inaugura no sábado, dia 08 de agosto, a exposição Euclides da Cunha - 100 anos de sua morte, com a palestra Euclides da Cunha e Gilberto Freyre - inflexões sociológicas do realismo literário brasileiro, proferida pelo acadêmico Dagoberto Carvalho, às 9h da manhã. Na ocasião haverá ainda uma mesa redonda sobre a atualidade da obra euclidiana. A Academia Piauiense de Letras fica na Avenida Miguel Rosa, número 3300, Centro, Teresina - Piauí. Telefone (86) 3221-1566.


Para informações sobre a Academia clique aqui.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tributo a Euclydes da Cunha

O Teatro Poronga e a Fundação Pró-Memória, como parte dos eventos do Ano Euclydes da Cunha em São Carlos,estão produzindo um fotomosaico a partir de um retrato de Euclydes.

Este material gráfico será impresso e distribuído a pessoas e instituições cujos trabalhos preservam a memória de Euclydes da Cunha e têm contribuído para a compreensão de sua obra.

O mosaico, construído a partir de um amplo conjunto de imagens distribuídas de modo temático, busca mapear a vida e a obra de
Euclydes da Cunha, assim como trabalhos que lhe fazem referência.

O seminário internacional 100 anos sem Euclides enviou material para a composição do mosaico, e divulga ao meio euclidiano a iniciativa criativa dos organizadores. Em breve esperamos poder divulgar o mosaico por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ideias que dão certo (3)

Colégio divulga em seu blog resultado de seminários de alunos sobre Euclides

Iniciativa interdisciplinar mostra como um bom planejamento gera bons frutos para a educação

O Colégio Euclides da Cunha, de Cantagalo, interior do estado do Rio de Janeiro, vem realizando um belo trabalho didático em torno da obra de Euclides da Cunha, no ano do centenário de sua morte, promovendo entre os alunos dos níveis básico e médio ações interdisciplinares acerca das temáticas centrais tocadas por Euclides em suas obras, especialmente as relacionadas à Amazônia. Alguns dos trabalhos dos alunos foram divulgados anteriormente, inclusive com vídeos no You Tube. Dessa vez foi postado no blog do colégio o resultado na íntegra dos seminários realizados. Uma bela iniciativa que atesta o quanto um trabalho bem feito em nome da boa educação pode ser enriquecedor para todos - alunos, pais e professores.
Fica o exemplo a ser seguido.



Clique aqui e leia o post em que estão os links para os primeiros trabalhos dos alunos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Idéias que dão certo (3)

Nova Friburgo recebe Euclides da Cunha em ciclo de palestras e atividades didáticas


O Projeto “100 anos sem Euclides” realiza atividade de extensão na Região Serrana do Rio de Janeiro, com o objetivo de informar estudantes sobre a vida e a obra do autor.


O Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD), em Nova Friburgo, recebeu a visita da coordenadora geral do projeto “100 anos sem Euclides”, Profª Drª Anabelle Loivos Considera, acompanhada das bolsistas de extensão da UFRJ, Luciana Mangueira e Aline Paixão, para apresentação de palestra sobre a obra e a vida de Euclides. O convite foi feito pela Coordenação Pedagógica do CNSD, através dos professores Robério Canto, Geni Amélia Nader e Jean Beatriz Wermellinger.

O público-alvo das apresentações foram os alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental e da 1.ª série do Ensino Médio. Os professores do colégio também estiveram presentes às apresentações, debatendo com seus alunos e fazendo perguntas à equipe da UFRJ. Foram apresentadas uma oficina e uma palestra, além da execução de um jogo à base de perguntas e respostas para os alunos. A sala onde ocorreram as atividades ficou repleta de jovens estudantes, aproximadamente 90, das três turmas de 9.º ano do Colégio friburguense - um dos mais tradicionais na cidade.

A oficina, realizada pelas bolsistas do projeto, dividiu-se em duas partes: a que compreendia imagens e textos, e a parte da dinâmica, com o jogo “Euclideogame”, contendo perguntas e respostas sobre a apresentação feita na primeira parte da oficina. Houve, ainda uma pequena mostra da biografia euclidiana, bem como o detalhamento da obra “Os Sertões” e da fase amazônica de Euclides da Cunha.

No auditório do CNSD, a Profª Anabelle apresentou aos estudantes do Ensino Médio (cerca de 350 alunos) a palestra “Os 43 anos de Euclides da Cunha”, relatando fatos sobre a vida, a obra, a trajetória literária e a morte do escritor, sendo ouvida com muita atenção por parte dos alunos. Ao final, os estudantes interagiram com a coordenadora do Projeto "100 Anos Sem Euclides", fazendo muitas perguntas sobre um dos mais geniais autores que o Brasil já teve.

O projeto '100 anos', a partir desta iniciativa, pretende falar sobre Euclides da Cunha em outras séries do Ensino Fundamental e Médio, e ainda por toda a Região Serrana, bem como pelos cursos de Licenciatura das universidades do Rio, e até mesmo de outros estados, a fim de demonstrar a importância de se trabalhar Euclides da Cunha em sala de aula.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Idéias que dão certo (2)

Colégio De Cantagalo é exemplo de Boas práticas na educação
Instituição homenageia escritor que lhe dá nome com um planejamento exemplar de atividades culturais entre seus alunos


Como não poderia deixar de ser, o Colégio Euclides da Cunha, em Cantagalo, decidiu revisitar a obra do escritor brasileiro e cantagalense que dá nome à instituição. Com diversas iniciativas entre os alunos de todas as séries, o colégio toca o projeto "Euclides com Euclides - Conhecendo o passado para escrever o presente” e entrelaça o passado de Euclides, de Cantagalo e do próprio colégio.

Os alunos produziram vídeos, tirinhas de quadrinhos e desenhos, entre muitos outros trabalhos, com menção à obra de Euclides e às temáticas caras ao autor, com foco especialmente nas relacionadas à Ecologia e à Amazônia.

O site do Projeto "100 anos sem Euclides" e esse blog acreditam nas boas idéias para a educação e para a promoção da obra de Euclides da Cunha e divulgam alguns dos trabalhos feitos pelos estudantes como forma de render méritos a todos os envolvidos e inspirar o surgimento de mais iniciativas como essa.

Vídeo Fazedores de Desertos

Tirinha

Charge sobre Euclides no Alto Purus


Seminário sobre Euclides no Ensino Médio

Vídeo sobre a ameaça ao Bioma Amazônico

Confira, no Blog do colégio, as fotos de uma inicitiva bem sucedida em prol da boa educação.

Idéias que dão certo

Professor-aventureiro Navega o Rio Purus de caiaque em companhia de Euclides da Cunha
Com muita disposição para lutar pela educação, coronel do colégio militar de Porto Alegre usará relatos da viagem em sala de aula


Por Fabiana Leal*

Uma expedição de 57 dias, pela iniciativa denominada
Projeto-Aventura Desafiando o Rio-Mar, feita de caiaque pelo professor do Colégio Militar de Porto Alegre, coronel Hiram Reis e Silva, no rio Solimões, na Amazônia, terminada em fevereiro deste ano, virará um livro "escrito a mil mãos". O material vem sendo trabalhado em sala de aula com os estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, num esforço para aproximá-los de toda temática multidisciplinar presente nos escritos de Euclides da Cunha, do começo do século vinte, sobre a região isolada, chamada Purus.

Segundo o professor-aventureiro"A idéia é entregar um livro não acabado para eles trabalharem", disse Hiram. "Por enquanto, escrevo o meu livro. A idéia é que depois os alunos façam o trabalho, que peguem os relatos que fiz durante a viagem e ampliem. Há muitas citações de cientistas e muita coisa que foi contada, como lendas, tradições e histórias", afirmou.
As peculiaridades locais, a análise da história, da flora, da fauna, da hidrografia e dos povos da floresta foram captados pelo professor durante a descida do rio Solimões de caiaque. O meio de transporte foi utilizado para baratear o custo da expedição, para não utilizar combustíveis poluentes e para não afugentar a fauna, facilitando inclusive o acesso aos locais mais remotos.

Durante o percurso, o coronel Hiram disse que se ateve à literatura usando Euclides da Cunha. "Além de ser excelente escritor, conhecia a região. Eu o utilizei até para valorizá-lo, pois ele é bastante esquecido." O professor disse que muitas vezes conseguiu verificar
in loco as descrições feitas pelo escritor. "Nos relatos, ele fala que o Solimões é tributário dele mesmo. A água do Solimões vai até o (rio) Japurá e retorna ao Solimões pelo próprio Japurá".

Segundo o Coronel, "Euclides da Cunha é único e sua visão holística serve de exemplo às novas gerações". Ele completa ainda, "A visão holística de Euclides é caracterizada pelos seus comentários de cunho antropológico, aspectos do relevo, solo, fauna, flora, clima da região e sobre o caráter divagante do rio Purus, baseados na concepção do 'ciclo vital'. Durante a viagem ao Purus, Euclides teve o cuidado de recolher amostras de fósseis e rochas, posteriormente encaminhadas ao Museu do Pará".

O material será aproveitado em sala de aula. "As disciplinas de geografia, história estão muito fixadas. Na parte da biologia, trouxemos plantas. Estamos verificando o princípio ativo delas. Esse trabalho está sendo feito por uma professora do Colégio Militar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Também um glossário que trouxemos será aproveitado na disciplina de português", explicou. A experiência também será divulgada por meio de palestras em universidades, lojas maçônicas e outras instituições. Além de um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar, o objetivo do professor é lutar pela soberania da Amazônia.

*com adaptações