segunda-feira, 13 de julho de 2009

Encanto na FLIP





veja as fotos na íntegra.


Teatro a céu aberto faz homenagem a Euclides da Cunha e contagia público da 7º edição da FLIP

Por Assessoria de Imprensa*


Turistas e moradores que transitavam pelas ruas da histórica Paraty no 3ª dia da 7ª Edição da Flip - Festa Literária Internacional de Paraty, dia 3, sexta-feira, foram surpreendidos por canto e poesia que dava vida ao espetáculo ‘Cantos de Euclides’. Desdobramento do livro ‘Quatro Cantos de Euclides’,
de Thiago Cascabulho, e do 'Projeto 100 anos sem Euclides', a peça teatral representou quatro fases da vida do escritor, cujo centenário de morte é completado em agosto deste ano.

Por volta das 21h30, as principais ruas da cidade foram tomadas por quarenta artistas - atores, músicos, dançarinos - que contagiaram o público. Durante as cinco paradas/etapas - cada uma representando uma fase da vida e obra do autor de Os Sertões – público observou, mas a maioria preferiu interagir com as diversas formas de manifestações de arte que o espetáculo proporcionou durante cerca de uma hora.

A encenação teve início em frente à Igreja do Rosário com o maculelê que apresentou os personagens. Canto e dança denunciavam que nos próximos momentos haveria um misto de emoção e êxtase. O elenco foi seguido por uma multidão que segurava velas e entoava um dos cantos compostos exclusivamente para o espetáculo – as letras das canções, assim como as velas, foram distribuídas pela equipe de produção da peça. O destino era a Casa da Cultura, onde uma roda de samba – que contou os primeiros anos do militar e engenheiro Euclides – aguardava.

Em seguida, todos foram levados até a Igreja de Santa Rita para conhecer o baião que falou sobre Os Sertões. Sem dúvidas, uma das cenas mais emocionantes. Ao som do grupo de percussão ECFA e com o quarteto de cordas do projeto Música nas Escolas, a cantora Sara Bentes, no alto de uma das torres da igreja, interpretou Santa Luzia.

Ao final da canção, o público foi convidado a olhar para a orla, onde um barco se aproximou de mancinho com violeiros que tocaram a moda de viola que narra as aventuras de Euclides da Cunha na Amazônia. Mais adiante, no próprio gramado da Santa Rita, o espetáculo culminou em uma grande roda de ciranda, representação tradicional do imaginário popular brasileiro. O Público – de várias gerações e lugares do país - e o elenco se fundiram em volta de uma grande fogueira.

“A ciranda arrisca a suspender o quinto tempo, o quinto canto a Euclides: a celebração festiva em sua memória. Um coletivo de guerreiros”, define o ator Rafael Crooz, membro do Coletivo Sala Preta.

As canções, compostas por Bianco Marques, em parceria com o escritor Thiago Cascabulho, exclusivamente para o espetáculo, fazem referência direta ou indireta aos textos do próprio Euclides da Cunha ou a acontecimentos de sua vida.

Cantos de Euclides é uma realização do Coletivo Teatral Sala Preta, com direção artística assinada pelos integrantes Bianco Marques, Danilo Nardelli e Rafael Crooz e direção de produção de Marcelo Bravo. A produtora carioca Caraminholas assina a co-produção. Diversos grupos artísticos da Região Sul Fluminense participam com percussão, interpretação, coral e quarteto de cordas, além do patrocínio do UBM - Centro Universitário de Barra Mansa - e do Transporte Generoso.

Entre as participações: Grupo de Estudo de Percussão do ECFA, Grupo As Bastianas, Projeto Música nas Escolas de Barra Mansa (Prefeitura Municipal), além dos atores: Thiago Delleprane, intérprete de Euclides da Cunha, Luana Dhickman, Suzana Zana, Sara Bentes, Marinêz Fernandes , Lúcio Roriz, Aline Mara, Clarissa Anastácio, Diane Tavares, Elisa Carvalho, Jessica Zelma e Lucas Fagundes.

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