domingo, 25 de novembro de 2012

III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas

 III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas – Conversas com Educadores: Euclides da Cunha na sala de aula

          Olá, pessoal! O Projeto 100 Anos Sem Euclides tem o prazer de convidar a todos para o  III Ciclo de Debates e Oficinas Pedagógicas.
          O evento é gratuito e acontecerá nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Cantagalo, na Casa de Cultura Euclides da Cunha, e tem a seguinte programação:


30-11 (sexta-feira)

-> 8h/9h – Credenciamento. Abertura da exposição dos trabalhos das Oficinas de Arte do Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides (Gilson/Fátima).

-> 9h/10h30min – Mesa de abertura. Tema: “Movimentos de contestação e suas representações na literatura brasileira”. Godofredo Oliveira Neto (FL-UFRJ) e Luitgarde Cavalcante (UERJ). Mediação de Anélia Pietrani (FL-UFRJ).

-> 10h30min./11h – Parada para cafezinho e intervalo.

-> 11h/12h – Exibição do curta-metragem em homenagem a Edeor de Paula – 80 anos; logo após, pocket show com o sambista e compositor de “Os Sertões” (Em Cima da Hora, 1976).

-> 12h/14h – Almoço.

-> 14h/18h – Oficinas Pedagógicas (com intervalo de meia hora para coffee break, entre 15h45min. e 16h15min.)

01-12 (sábado)

-> 8h/9h – Abertura da exposição do Arquivo de Memória Amélia Tomás; apresentação do Jogral para Três Vozes (bolsistas da UFRJ).

-> 9h/10h – Conferência: “Os Sertões – 110 anos tecendo Brasis”, por Alberto Venâncio Filho (Academia Brasileira de Letras). Coordenação do Prof. Luiz Fernando Conde Sangenis (FFP-UERJ).

-> 10h/10h45min. – Seção audiovisual. Tema: “Euclidianismos: memórias, histórias, interlocuções”. Guilherme Félice Garcia (São José do Rio Pardo-SP) e Anabelle Loivos (Cantagalo-RJ) fazem um talk-show sobre os movimentos euclidianos em suas respectivas cidades natais.

-> 10h45min./11h – Parada para cafezinho e intervalo.

-> 11h/12h – Exibição do curta-metragem “Onde Começa a História”, da Juventude Euclidiana Cantagalense, com debate ao final com o grupo. Mediação do Prof. Luiz Fernando Conde Sangenis (FFP-UERJ).

-> 12h/14h – Almoço.

-> 14h/16h30min. – Apresentação de trabalhos acadêmicos (comunicações orais). Comentadores: Professores João Bôsco Paula Bon Cardoso, Airan Borges, Luiza Fontão e Ludmar Lameirinhas (professores locais).

-> 16h30min./ 17h - Coffee break de encerramento com “Sarau do Seu Euclides” (músicos locais).


     Para se inscrever, basta acessar este link: Inscrição para o III Ciclo de debates e oficinas pedagógicas

     O Ciclo de Debates é voltado para educadores de todas as séries, porém pessoas que exercem outras profissões e se interessam pelos temas que serão abordados também podem fazer parte!


     A Casa de Euclides da Cunha fica localizada na Rua Maria Zulmira Torres, ao lado do Colégio Estadual Maria Zulmira Torres, no centro de Cantagalo.







segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Homenagem a Daniel Piza, por Ana Maria Machado


       Confira o texto que a escritora Ana Maria Machado dedicou ao jornalista Daniel Piza, que refez a viagem de Euclides ao Alto Purus, na Amazônia, dando origem ao documentário "A Amazônia de Euclides: um paraíso perdido."

Homenagem a Daniel Piza, por Ana Maria Machado

       Desde que o Daniel morreu eu estava querendo homenageá-lo de alguma forma. Não sabia como.  Não conheço sua família, não tinha muito contato com ele, não sabia a quem me dirigir. Mandei apenas um telegrama ao jornal, falando da minha tristeza. Agora aproveito a oportunidade  para deixar registrado quanto eu o admirava. E quanto gostava dele.

       Conhecemo-nos em Cambridge, na Inglaterra, no verão europeu de 1996, onde por duas semanas intensas  participamos de um seminário de literatura. Ouvimos ótimas palestras, debatendo com gente como Doris Lessing,  A.S. Byatt,  P. D. James, Terry Eagleton, Margaret Drabble, Malcolm Bradbury, Michael Holroyd. E, sobretudo, tivemos o privilégio de passar um dia inteiro podendo conversar e beber as palavras de um intelectual de nossa especial admiração, George Steiner. Conversas numa sala, esparramados em poltronas, e em seguida nos pubs e nos jardins dos colleges, entre  horas de explorações em livrarias. Os escritores brasileiros éramos Eric Nepomuceno, João Silvério Trevisan, Cristóvão Tezza e eu, que lemos trechos de nossas obras , debatidas pelos outros participantes. E no meio de tanta gente inteligente e instigante, uma das impressões mais fortes que me ficou foi a do contato com o fulgor da mente de Daniel Piza. Descobrimos afinidades, manifestamos afeto. Mas convivemos pouco. Nem ele vinha muito ao Rio, nem vou com frequencia a SP.

       Encontrá- lo foi uma alegria. Não apenas pelo prazer pessoal, mas pela confirmação de minha crença teimosa de que existe vida inteligente no jornalismo cultural brasileiro e, com frequência, ela está em artigos e colunas, onde o autor pode se expor sem precisar se amparar nas opiniões alheias das entrevistas.

       Às vezes nos telefonávamos.  Volta e meia comentávamos os escritos um do outro. Um dia, ele me surpreendeu publicando um belo livro infantil, MUNDOIS. Coisa que quase todo mundo tenta e pouquíssimos conseguem.  Pois Daniel conseguiu. Profundo e claro.  Como a lua do poema de Fernando Pessoa, grande e inteira, mesmo restrita nos limites mais apertados,  porque alta brilha. Liguei para ele, encantada. Conversamos sobre isso, sobre direita e esquerda, sobre patrulhas ideológicas, sobre correções políticas, sobre a coragem moral de ser fiel a si mesmo e não se deixar apenas levar pela correnteza. Para mim, o jornalismo cultural que ele fazia era uma comprovação disso. Além de ser capaz de dialogar com outras leituras e estar muito ligado ao quotidiano, trazia a marca que me parece importantíssima no setor : a capacidade de afirmar que as coisas  não são bem assim como todo mundo está repetindo sem pensar. Que existe um “por outro lado”. De pressupor uma dúvida, um matiz diverso.  De não se cansar de reler, uma das marcas da civilização, como  ele fazia questão de dizer.
Daí que uma homenagem que desejo propor é que Daniel Piza seja relido. Os artigos  reunidos num livro como Questão de Gosto, por exemplo, estão sempre a nos trazer algo novo. Transcendem o tempo de duração do jornalismo – efêmero por definição. Participam cada vez mais do cultural. Assim,  conseguem permanecer.

      Pena que Daniel permaneceu tão pouco entre nós. Faz falta. Sua morte prematura não dá só tristeza. Dá raiva.

(Do site da Biblioteca Municipal Popular de Botafogo-RJ)

Exposição Canudos: Memória do Mundo


           No mês de aniversário do Museu da República (Ibram/MinC) o presente é para os visitantes.

         Começará a partir de 15 de novembro a exposição, Canudos: Memória do Mundo, uma mostra com 69 fotografias de autoria de Flávio de Barros  que compõem o Acervo Canudos, parte do arquivo histórico do museu que foi elevado recentemente à categoria de “Memória do Mundo”.

          O  Museu da República está localizado na Rua do Catete, 153 – Catete/RJ
          Mais Informações: (21)3235.3693 ou  www.museudarepublica.org.br

Dia 15 - quinta-feira
Apresentação da Orquestra Villa-Lobos e crianças
Local: Pátio do Museu da República
Horário: 10h

Exposição “Canudos, Memória do Mundo”
Local: 1º pavimento do Palácio do Catete
Horários: Terça a sexta-feira, de 10h às 17h
Sábados, domingos e feriados, de 14h às 18h

Seresta
Local: Jardim
Horário: 19h às 21h

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Altos papos euclidianos


Exposição Barbárie e espanto em Canudos

        A exposição na Caixa Cultural traz, pela primeira vez, todas as xilogravuras que compõem a impressionante série Canudos de Adir Botelho, um dos maiores gravuristas brasileiros.

        Ao longo de duas décadas, de 1978 a 1998, o artista trabalhou inspirado por um dos temas mais sangrentos da História do Brasil, a guerra civil sangrenta narrada em "Os Sertões", de Euclides Cunha.

       A obra consiste numa sequência de impressionantes imagens sobre o drama ocorrido no sertão da Bahia que mobilizou o Brasil no final do século XIX. A exposição reúne duas séries, Canudos, concebida em xilogravura, e a série Agonia e morte de Antônio Conselheiro, em desenhos a carvão. Os trabalhos do
gravurista transmistem um misto de força, expressividade rude e ao mesmo tempo poética. São 120 xilogravuras e 22 desenhos a carvão, que o artista denonimou Canudos: agonia e morte de Antonio Conselheiro.


A exposição vai até o dia 11 de novembro!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sertão, Sertões de Sergio Rezende

                               Sergio Rezende – diretor de Sertão, Sertões

         Inspirado em dois clássicos da literatura brasileira, Os Sertões, de Euclides da Cunha e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, o filme de Sérgio Resende é uma reflexão sobre a categoria mítica do sertão no Brasil contemporâneo.  Na visão do diretor, “o deslocamento das populações rurais para os grandes centros urbanos e do outro lado, a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras parecem confirmar a profecia famosa de Antonio Conselheiro: O sertão vai virar praia, a praia vai virar sertão”.

        No mundo globalizado, o documentário procura expandir o conceito de sertão para outras regiões do mundo.  O cineasta percorreu os territórios míticos de Rosa e Euclides: o norte de Minas e o sertão baiano. Esteve também em Rondônia, palco da rebelião dos operários da usina de Jirau. E se debruçou sobre o novo “sertão” das comunidades pobres do Rio de Janeiro. Sergio Rezende é autor de 13 filmes de longas-metragens, entre eles o “O Homem da Capa Preta”, “Guerra de Canudos” e “Salve Geral”.


Sertão, Sertões (estreia em 17/11) TV Câmara

- duas semanas de exibição
. sábado – 21h
. domingo – 2h/13h30/20h
. quarta – 5h30